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pesar das piadas do “Pânico”, Clodovil completa um ano à frente do “A casa é sua” no dia 3. Ele diz que leva qualidade à Rede TV! e ignora a concorrência. Na estréia de Adriane Galisteu no SBT, debochou: “Ela pegou no tranco várias vezes jogando o cabelo para o lado”.

O GLOBO: Como avalia esse primeiro ano de programa?

CLODOVIL: Agradeço à emissora a chance de mostrar meu trabalho. Acabou-se aquela história de que eu tinha personalidade forte, que criava caso. Isso era golpe para não pagarem o que me deviam. O balanço é superfavorável. Não sou melhor do que ninguém, mas meu interesse em televisão é que ela seja uma coisa boa para as pessoas.

O GLOBO: O que acha de suas maiores concorrentes, Sonia Abrão (Record) e Adriane Galisteu (SBT)?

CLODOVIL: O programa da Sonia custa R$ 18 mil por semana, enquanto o meu, por semana, gasta R$ 1,5, é praticamente um milagre fazê-lo. Isso (concorrência)
não significa nada para mim, porque elas não sabem mais do que eu sei. Para concorrer comigo, precisa ter pelo menos seis apresentadores diferentes.

O GLOBO: Você falou mal da Adriane no ar. Por quê?

CLODOVIL: A base que ela tem como profissional foi ter chorado no velório (de Ayrton Senna)
. Isso aqui não é concurso de pernas de fora. Não tenho nada contra ela. Só que pessoas talentosas estão desempregadas porque tem gente como ela que está na TV.

O GLOBO: Tem convites para sair da emissora ou está satisfeito por lá?

CLODOVIL: Eu não recebi proposta nenhuma. Mas não sou apegado a nada. Se o convite for simpático, vou sair sem problemas. É difícil progredir com um programa que custa R$ 300 por dia. Não tenho passagem aérea nem cachê para oferecer ao convidado. Tudo é negociado por amizade.

O GLOBO: Como lida com quem não gosta de você?

CLODOVIL: Para ser bom protagonista tem que ter antagonista. A vida é um teatro. Às vezes o antagonista é tão bom que você precisa rebolar. Culturalmente, já bati cabeça com quem sabia mais que eu. Não me curvo para ninguém.

O GLOBO: O que acha das brincadeiras do “Pânico”?

CLODOVIL: Não tenho nada contra eles, mas acho um desrespeito o que eles fazem. Pode tirar sarro do vizinho, mas não da própria família.

O GLOBO: Iria no programa deles ou os levaria no seu?