1 de março de 2005 Off Por OldSchool

Promotoria faz acusações explosivas contra Michael Jackson






 

SANTA MARIA, EUA, 28 Fev (AFP)

– O rancho “Neverland” (Terra do Nunca) de Michael Jackson não é exatamente um parque de diversões para crianças, mas o lugar escolhido para seduzi-las e abusar sexualmente delas, disse nesta segunda-feira o promotor Thomas Sneddon, ao apresentar a acusação contra o cantor.

Diante de Michael Jackson, dos advogados de defesa e dos 12 membros do júri, Sneddon apresentou sua acusação na Corte de Santa Maria (Califórnia) com uma minuciosa descrição das evidências de que o artista praticou abuso sexual, conspiração para seqüestro e fornecimento de álcool a um menor. O promotor disse que o rancho foi criado para corromper menores e não como um lugar para entretê-los, como alegou o próprio Michael Jackson no documentário “Living with Michael Jackson”, da televisão britânica.

Sneddon também acusou o cantor de fornecer álcool a um menor, que se identificou à Corte como Gavin Arvizo.

Segundo o promotor, os crimes ocorreram em Neverland, no condado de Santa Barbara, entre 3 de fevereiro e 3 de março de 2003.

Sneddon disse aos 12 membros do júri que Michael Jackson uma vez sugeriu que Gavin pedisse autorização à sua mãe para que dormisse com ele.

Ele também acrescentou que Gavin e sua mãe concordaram e que o menor passou a noite na mesma cama do cantor.

“Temos aqui uma criança, com uma doença terminal (câncer), com a oportunidade da sua vida de poder dormir com um de seus ídolos”, afirmou Sneddon.

No entanto, dentro da casa, um dos colaboradores de Michael Jackson, Frank Tyson, teria acessado um site pornográfico e mostrado à criança e a seu irmão menor imagens gráficas de alto conteúdo sexual.

O promotor afirmou que Jackson também serviu um copo de vinho ao menor, que tinha apenas um rim, e lhe disse: “Deve ser homem para beber”.

Sneddon assegurou que, em outra oportunidade, o irmão menor da suposta vítima – chamado Star Arvizo – entrou na casa de Michael Jackson e viu o cantor se masturbando com uma mão, enquanto a outra estava dentro da roupa de Gavin.

Em outra ocasião, segundo o promotor, Michael Jackson teria entrado no quarto em que as crianças estavam completamente pelado e com uma ereção, contou o juiz.

Ao ver a reação de desgosto das crianças, o cantor teria tentado acalmá-las dizendo o seguinte: “Isso é algo natural, tudo bem, por que vocês não fazem o mesmo?”.

Além disso, o artista teria simulado relações sexuais com um manequim em frente aos menores, afirmou Sneddon.

O promotor afirmou que, após a transmissão do documentário “Living with Michael Jackson”, que gerou a indignação mundial, o artista tentou seqüestrar a criança e seus familiares em seu rancho e, depois, mandá-los para o Brasil.

Após o documentário, “o mundo de Michael Jackson foi destroçado”, disse Sneddon ao júri. Ele afirmou ainda que o cantor tem problemas financeiros que se arrastam há anos. Por isso, depois da veiculação do documentário, teria tentado seqüestrar a criança e sua família, em uma tentativa de impedir que as declarações deles prejudicassem ainda mais sua imagem.

A defesa de Jackson, liderada pelo advogado Thomas Mesereau, contra-atacou afirmando que a promotoria caiu em um ardil da mãe do menino, identificada como Janet, cujo único objetivo é tirar dinheiro do cantor.

“Estou aqui para afirmar que as acusações são falsas, inventadas e nunca ocorreram”, disse Mesereau.

O advogado lembrou que a mulher, de 36 anos, já tentou em outras ocasiões extorquir dinheiro de personalidades, como o ator Jim Carrey, o pugilista Mike Tyson e o comediante Adam Sandler.

“Esta mulher sempre utilizou seus filhos para tentar extorquir dinheiro de celebridades (…) e Michael Jackson caiu na armadilha”, disse Mesereau.



 

EXTRAÍDA DO  UOL MÚSICA