CONTINUAÇÃO…
Como surgiu o quadro?
É uma coisa que eu brincava na rádio. Sempre tinha um cara que chegava lá todo exibido, e eu falava: “Olha a sandalinha, heim?”. A gente tinha uma sandalinha lá para isso. Mas não era a dourada do programa, que é uma fantasia da Rosas de Ouro. Aí a Luana Piovani bateu no Vesgo, o tratou mal, e falamos: “Pô, ela merecia as ‘Sandálias’”.
E a Daniella Cicarelli, o que ela fez?
Todo mundo ficou bravo com ela. Ela fez aquele auê todo, disse que ia casar no Chantilly e tal. Só que chegou lá no dia do casamento e tirou
a imprensa. Pô, o que custa ela ir lá, dar um tchau, deixar dar uma clicada? Você pega o bruto da nossa fita na porta do casamento e vê toda a imprensa lá, no frio, na chuva. Aí, ela mandou uma mulher embora. Ficou a megera Cicarelli. E na verdade, não é nada disso, ela me parece uma pessoa bacana.
A troca de ofensas entre vocês e o Clodovil foi real?
Nunca vi o Clodovil. Não o conheço pessoalmente. Ele acusava a gente de não ter combinado as coisas com ele antes, mas eu não queria combinar nada. Eu queria só que ele calçasse as “Sandálias”, que baixasse a bola, não ficasse tratando mal as pessoas.
Por que o Carioca (Márvio Lúcio) se afastou do programa?
Ele ficou chateado com a matéria que entrou no Superpop, que falava sobre a sexualidade dele. Não gostou porque a brincadeira extrapolou o nosso programa e a gente não ficou do lado dele. Disse que ia ficar em casa pensando, mas não aparece para trabalhar desde 15 de março.
O cara surtou. Oficialmente ele ainda não saiu do programa, não foi demitido. Mas já abrimos inscrição para quem quiser substituí-lo.
Já foram prejudicados por brincadeiras do Vesgo e do Silvio Santos?
Tem uma história do Eugênio Staub, o dono da Gradiente, sensacional. Aconteceu no casamento da Angélica e do Luciano Huck. Eles ficaram na entrada da festa zoando todos e eu estava dentro, como convidado. Lá, o Tutinha e o Eugênio, que são amigos, conversavam. O Tutinha dizia para o Eugênio que ele tinha que investir no Pânico, que era um programa jovem de sucesso. O casamento foi no sábado e o programa foi ao ar no domingo. Foi a maior correria, editaram no Rio mesmo e não vi a fita. Quando vai ao ar, aparece o Eugênio entrando na festa e eles dois narrando: “Lá vem o Corcunda de Notre Dame” (risos). Pensei: “Meu Deus, o cara não vai nos patrocinar”.
Patrocinou?
Não, mas acho que ele não levou a mal.
Quem faz humor de qualidade?
Bom é o Casseta & Planeta. Sucesso não é você aparecer, ficar um ano e virar modinha. Sucesso é o que os caras fazem, 11 anos contando piada na tevê. Bom é o Chico Anísio, que tem 250 personagens.
É que a gente não gosta mais daquele tipo de humor, mas ele é um gênio. Ele revolucionou a linguagem da tevê. O próprio Faustão, foi ele quem tirou o Silvio Santos da tevê no domingo. Não sei se o Pânico vai se consolidar, isso só a Mãe Dinah pode responder.