EMÍLIO SURITA CONCEDE ENTREVISTA A ISTO É GENTE, CONFIRA NA INTEGRA AQUI!
‘‘Todo mundo tem medo das Sandálias da Humildade’’
Idealizador do Pânico, humorístico de sucesso na tevê e no
rádio, diz por que dá certo criticar celebridades e conta que
as brincadeiras já afastaram um patrocinador
TEXTO: Claudia Jordão
FOTOS: Piti Reali
Há 11 anos, Emílio Surita faz a garotada rolar de rir com suas tiradas escrachadas no Pânico, programa diário da Jovem Pan, líder absoluto em rádio desde 1994. Há um ano, vem vencendo a insegurança de fazê-lo ao vivo aos domingos na Rede TV!, onde tem alcançado média de
8 pontos e picos de 13 no Ibope, num horário de briga de gigantes, como Faustão e Gugu. Líder da trupe – são dez pessoas no total –, Surita trabalha de domingo a domingo, comanda reuniões de pauta, colabora na produção, na edição, apresenta e corre atrás de verba.
O radialista de 43 anos nasceu em São Manoel (SP), formou-se em advocacia, mas nunca exerceu a profissão. Casado há 15 anos com uma sueca e pai de dois filhos, ele é um apaixonado pelo trabalho.
“Falo para os moleques que o Pânico é único. A gente trabalha e se diverte ao mesmo tempo. É isso que importa na vida.”
Quando criança, você era o moleque gozador da sala de aula?
Nunca fui de tirar sarro, de fazer imitação na escola. Não tenho nenhum palhaço na família, meu pai era advogado e minha mãe, professora.
Não me considero humorista, sou radialista. Esse rótulo de programa de humor não é o ideal, não o vejo assim. O que acontece é que o Pânico sempre foi pautado pelo bom humor, pela brincadeira, pelo escracho.
O programa não é feito por humoristas, o único é o Wellington Muniz, que faz o Ceará e o Silvio Santos.
Dá para aprender a ser engraçado?
Ah, você acaba aprendendo as sacadas de humor, onde fica mais engraçado. Aprende a técnica do negócio.
Sua família dá algum palpite?
Tenho dois meninos, um de 12 e outro de 11. O menor, Eduardo, é mais espirituoso que o maior, o Emilinho é mais sério. É claro que de vez em quando acabam dando palpite, mas não tem essa de se envolver muito. Minha mulher é sueca e não tem nada a ver com o meio, trabalha em uma joalheria.