Panáticos – Mundo do Cinema
Novo “Star Wars” é o melhor da trilogia recente
O sexto e último filme da saga “Star Wars” a ser produzido, “Episódio III – A Vingança dos Sith”, é melhor do que seus predecessores recentes e fecha a nova trilogia com estilo, em um desfecho bastante satisfatório.
A tão esperada conclusão da nova série de filmes não é perfeita, alternando cenas absolutamente brilhantes com outras chocantemente tolas.
No entanto, “A Vingança dos Sith” tem momentos mais empolgantes do que ridículos e não deve decepcionar os fãs que aguardaram 28 anos para ver a conclusão total da série.
É este o episódio que faz a ponte da nova trilogia com os três filmes originais, que começaram a ser lançados em 1977, com o filme que na época foi batizado “Guerra nas Estrelas”.
O arrogante adolescente Anakin Skywalker completa a sua metamorfose para se tornar o monstruoso Darth Vader, vilão dos primeiros filmes e pai dos mocinhos gêmeos, Lea e Luke.
Tom sinistro
No filme “O Ataque dos Clones”, de 2002, o universo estava à beira de uma guerra total, e Anakin prestes a iniciar a sua viagem para o “lado negro da Força” –inclinação insinuada por atos de violência gratuita e caretas.
Agora, Skywalker assume a vocação de vez, abandonando os mestres Jedi para adotar o sinistro senador Palpatine como tutor.
O político, por sua vez, mostra estar cada vez mais obcecado pelo poder. Com a guerra intergaláctica como pano de fundo, Anakin tem que decidir o melhor caminho para ele e sua esposa, Padme.
É difícil negar que “A Vingança dos Sith” é mais encorpado do que os dois episódios anteriores da segunda trilogia, principalmente por causa do tom mais sinistro.
A trama bem construída tem um ritmo ágil, dispensando cenas de ação e personagens cômicos inúteis. As muitas mortes e a destruição mostram que o filme não é para crianças.
Cenários magníficos
As cenas de ação aparecem renovadas, filmadas com mais movimento e vigor do que nos episódios 1 e 2, onde eram estranhamente insossas.
Muitos dos cenários são simplesmente magníficos.
A seqüência de uma batalha espacial na abertura do filme é impressionante e é seguida por duelos em que vários guerreiros se enfrentam com os seus sabres de luz.
O ator Hayden Christensen faz um ótimo trabalho como o decadente Anakin, interpretando-o como um trágico e complexo herói, e não como um malvadão.
A química entre ele e o nefasto Palpatine é muito melhor do que a que foi criada entre Anakin e o “nobre-mas-chato” Obi Wan Kenobi.
O novo vilão General Grievous é suficientemente divertido, e as atuações dos heróis Samuel L. Jackson e Jimmy Smits também são boas.
A maior chateação vem de uma fonte inusitada: Yoda. As frases dele em ordem invertida incomodam como nunca e, no fim do filme, você já está louco para que o diminuto duende verde cale a boca.
Os diálogos piegas também estão de volta. Mesmo bons atores como Ewan McGregor e Natalie Portman ficam impotentes diante desse ponto fraco.
Provavelmente há mais diálogos dispensáveis do que em todos os outro cinco episódios somados.
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