CONTINUAÇÃO…
• A profissão:
Emílio: “Qual o ponto negativo da profissão”?
Cabrini: “É a pressão que você sofre. Esteja sempre firme com as pessoas porque elas estão te medindo e deixe claro que você está fazendo seu trabalho e não é perseguição”.
• Ayrton Senna:
Bola: “Como foi dar a notícia da morte do Senna? Houve enrolação dos médicos”?
Cabrini: “Quando teve o acidente, ví na hora a gravidade e eu e meu cinegrafista saímos para o hospital. Ao chegar eu reparei na expressão da médica e ví que não tinha nada mais a fazer, mas não podia dar a morte sem o boletim médico. Mas os médicos enrolaram sim. O Ayrton morreu na pista de Ímola”.
Sabrina: “Repórter não chora”?
Cabrini: “Quando fui dar a morte do Senna eu imaginei que estava dando a notícia de um ente querido coletivo. Eu precisava dar com emoção, porque é sinal de respeito, mas sem perder o caráter jornalístico”.
• Pior entrevista:
Emílio: “Qual foi a pior entrevista”?
Cabrini: “Um dos mandamentos do jornalista é não discutir com o entrevistado. Mas uma vez fui entrevistar um contrabandista em Miami, mas ele começou a me ofender e eu perdi a calma e comecei a discutir com ele”.
• Livro:
Sena: “Você pensa em fazer um livro sobre as suas reportagens jornalísticas”?
Cabrini: “As pessoas me cobram muito e eu estou fazendo um, revelando os bastidores. Espero publicá-lo em breve”.
• Entrevista dos sonhos:
Bola: “Quem você sonha em entrevistar”?
Cabrini: “Ah, o Bin Laden”.
Emílio: “E onde está Bin Laden”?
Cabrini: “Olha, eu acredito que ele esteja entre o Paquistão e o Afeganistão.”