“KAISER CHIEFS de volta na Pan”
Se a piada de que quando os irmãos Gallagher rogam praga para cima de um grupo é sinal de que tal grupo é bom, a banda Kaiser Chiefs, de Leeds, é mesmo uma das mais sensacionais formações do novo rock britânico nos últimos anos.
Destaques no novo rock mundial, o Kaiser Chiefs poderia não existir se o Tears For Fears não tivesse falado ‘kick out the style/bring back the jam’ (expulse o estilo/traga de volta a confusão) na canção Sowing the Seeds of Love, do álbum de mesmo nome. Foi com esse pensamento que Ricky Wilson (vocal), Andrew White (guitarra), Simon Rix (baixo), Nick Baines (teclado) e Nick Hodgson (bateria) criaram o Kaiser Chiefs – nome inspirado em um time de futebol da África do Sul.
“Nós somos fanáticos por futebol e torcedores doentes do Leeds, o time da cidade. Em sua melhor fase em anos, o Leeds tinha como capitão um jogador sul-africano chamado Lucas Radebe, ídolo do time e apelidado de “Chief”, porque, além de tomar conta da defesa, ele tinha vindo de um time chamado Kaizer [com z]. Além de ser um excelente jogador, ele sofreu e lutava contra o Apartheid. Ele merecia essa nossa homenagem”, conta o guitarrista Andrew White.
Formada no início de 2003, a banda sempre esteve fungando atrás do sucesso, de um jeito meio ansioso, até que em 2005, impulsionados por um show no Live 8, conquistaram o cenário mundial.
Com “Employment”, o álbum de estréia, foram chamados para fazer a apresentação de abertura do NME Awards e ganharam um Philip Hall Radar Award e três Brit Awards. Também com este álbum passaram por vários países, tendo sido convidados pelo U2 para abrirem o concertos da turnê Vertigo.
“Aprendemos muito com os U2 e passamos a olhar para a música com uma diferente perspectiva. Percebemos que para tocar para 80 mil pessoas, as canções têm que ser mesmo boas”, comenta o baixista Simon Rix.
Por tudo isto e muito mais, o novo disco dos caras não tinha como fracassar. “Ruby”, primeiro single extraído de “Yours Truly, Angry Mob” é prova disso. Produzida por Stephen Street e mixada por Cenzo Townshend, a faixa pulou para o Top 10 no Reino Unido em apenas três dias de execução bateu Mika, que há seis semanas figurava na primeira posição.
Já em relação aos shows, os caras também não tem do que reclamar. Os ingressos para uma das apresentações que o grupo fez no último dia 9 de fevereiro na Inglaterra foram vendidos em apenas nove minutos. Um recorde para quem há pouco tempo era conhecido apenas pela galera mais alternativa.
A novidade no entanto fica por conta de um suposto show no Brasil, que segundo o guitarrista Andrew White pode rolar ainda no mês de outubro. “As pessoas que cuidam dos negócios da banda dizem que vamos tocar no Rio e em São Paulo. Sei que é em outubro. Lembro que vibrei com a notícia…”, comento o músico.
Será que rola?!